segunda-feira, 30 de maio de 2011

Homossexuais na Minha Vida

Me desafiaram a falar sobre minha relação com os homossexuais que me cercam.
Topei a proposta e aqui estou eu.
Sou duma cidadezinha no interior, com uma população homossexual até grande, mas ainda assim pouco expressiva, onde eu tinha uma relação de respeito, minha mãe me ensinou isso, mas pouquíssimos caso de alguma relação mais próxima, amigo mesmo, só um, e ainda assim estava longe de estar entre os melhores e a amizade surgiu enquanto ele ainda estava no armário.
Mas a minha opção religiosa me fez estar em contato direto com um grupo maior de homossexuais, que culminou no contato com mais homossexuais fora deste meio religioso e este contato foi muito legal. Me apaixonei perdidamente por uma lésbica, mas ela tem mais potencial com as mulheres que eu, tenho um gay como um dos meus melhores amigos, ou melhor um casal gay como melhores amigos, e as conversas com as pessoas de qualquer "opção sexual" são cada vez mais divertidas.
Discutir relacionamentos com um gay pode ser uma das coisas mais divertidas do mundo, conversar com um homem sobre mulheres e homens é no mínimo estranho, mas rende muitas gargalhadas, principalmente porque existe um nível de conversa que homens só conseguem ter com homens e aquele que está na posição feminina na relação pode lhe dar opiniões valorosíssimas com abertura total.
Assistir a um show de Tabata Cagliostro está entre as coisas mais divertidas do mundo, brincar com minha querida ENRABINHA sobre minha paixão por ela, que caso fosse correspondida culminaria comigo assumindo a posição de menina da relação, ter uma de minhas melhores amigas, lésbica, defendendo minha heterossexualidade, apesar de eu estar na OFF CLUB (casa noturna lgbt, não existem mais os simpatizantes?), tudo isso não tem preço e agradeço demais a oportunidade que minha religiosidade me deu em relação a isto.
Neste período de minha vida acabei me tornando uma das Antônias, fiz parte do show de Tabata, fui chamado de Hetero extremo, de Ogro e coisas do genero. Não ofendi a mim mesmo nem a ninguém que amo por amar tantos gays e lesbicas, não mudei a minha sexualidade, que não gosto de chamar de opção porque não sinto assim, participei das brincadeiras dentro da minha delicadeza peculiar (homem, 130kg, 1,85m, sem nenhum senso) e adorei e adoro, respeito e sou respeitado, posso dizer que fui a uma casa noturna gay e não fui importunado, posso dizer que tenho amigos gays, lésbicas e simpatizantes (simpatizante é quem é quase gay? alguém pode explicar o que é um simpatizante?) e que me orgulho disso.
Algumas vezes me questiono apenas sobre a questão da opção sexual, o que seria isto, será que realmente existe opção? eu não a tive, ser gay nunca foi opção em minha vida, é algo tão distante que não consigo nem imaginar, gosto de mulher como a porra e também não escolhi isto, será que alguém escolhe? um dia descobriremos.

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