Hão de perecer quaisquer colóquios ante a premissa de que são mais valiosas as carícias de dedos que vivem nos arredores de seu universo particular às palavras, imagens e sentimentos transatlânticos.
Não lhe importa a cátedra, ama a palavra, a poesia e a prosa, mas as músicas que canta sua boca e a mímica de seu corpo eloquente são dissonantes das palavras que falam seus lábios e calam em mim mais sombrio sentimento.
Mente, obviamente, ridiculamente. Pois é legível em seu corpo, está claro na poesia de cada estria que ansiava por mais intenso desfecho, almejava ter-me tal qual a felina alma que lhe habita.
O sentimento padeceu ao medo do tempo. Pois é tempo ser que desdentado e velho ainda rói o mais rijo dos metais.
Não há vislumbre se felicidade a vivência de tal sentimento frente às intempéries de tão longo ciclo abstêmio, celibatário.
Criança de alma jovem não aprendeu que meses são grãos na ampulheta de uma vida e que são fragmentos de grão na ampulheta da eternidade.
Eterno... Eterno é o sentimento que tatua a alma, marca o corpo de arrepio, calafrio. Sentimento que machuca o lábio, as costas e que jamais cicatrizará no espírito.
Havia lhe quisto, lhe necessitado e hei de viver querendo, faltando eternamente este pedaço de mim que só encontraria em você.
Continuarei desejando beber de sua boca de gosto neutro e sentir sua pele macia, quente, de toque molhado e sabor salgado.
Pois, garota pequena de sorriso de princesa e idiossincrasias mil, a verdade é que te quero.
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