Sou seu vício, sua cachaça, embriago-te com meu ser,
transformo-te em outra pessoa. Irreconhecível para si mesma, atende meu chamado
como quem busca saciar sua abstinência, bebe de minha boca, cheira meu aroma,
come a minha carne e deleita-se sobre meu sexo.
Suga minha virilidade como a abelha e o mel, arrepia-se
apenas por lembrar, fica ouriçada pensando em meus dentes em seus lábios, minha
mão em suas carnes e minha língua áspera a roçar-lhe.
Deita-se comigo em sua mente, toca-se, geme baixinho com
medo de ser ouvida, banhos longos, frequentes e quentes. Como a a heroína que
faz coçar, faço-lhe tocar, vontade de gritar constante, impacientemente
aguardando-me.
Fica irritadiça, a distância lhe frustra, se eu sumo me
cobra, se eu apareço reclama que só pioro sua condição clínica, precisa de mim,
em carne, osso e fogo! Não de meu afago, não de meu abraço, mas de meu corpo
inteiro, dentro de si.
Nenhum comentário:
Postar um comentário