sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Meu Vício



Sou seu vício, sua cachaça, embriago-te com meu ser, transformo-te em outra pessoa. Irreconhecível para si mesma, atende meu chamado como quem busca saciar sua abstinência, bebe de minha boca, cheira meu aroma, come a minha carne e deleita-se sobre meu sexo.
Suga minha virilidade como a abelha e o mel, arrepia-se apenas por lembrar, fica ouriçada pensando em meus dentes em seus lábios, minha mão em suas carnes e minha língua áspera a roçar-lhe.
Deita-se comigo em sua mente, toca-se, geme baixinho com medo de ser ouvida, banhos longos, frequentes e quentes. Como a a heroína que faz coçar, faço-lhe tocar, vontade de gritar constante, impacientemente aguardando-me.
Fica irritadiça, a distância lhe frustra, se eu sumo me cobra, se eu apareço reclama que só pioro sua condição clínica, precisa de mim, em carne, osso e fogo! Não de meu afago, não de meu abraço, mas de meu corpo inteiro, dentro de si.

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