Mascaras e mais mascaras, num emaranhado de rostos e caretas. Olhares, expressões e cicatrizes, marcas do tempo e da luta, da dor e da alegria, chôro no lugar do riso e riso quando se espera chôro, no fim das contas de tanto fingir ser quem nunca foi, não se sabe mais quem se é!
A cada mascara que é jogada fora encontra-se uma outra pregada no rosto, e pior, sempre descobre-se que a anterior não foi completamente retirada e por fim cria-se um mosáico de faces, com um pedaço de expressão para cada momento, sentimento, expressões socialmente corretas e emocionalmente discretas, que permitem passar despercebido, ou percebido como se quer, apenas mais um papel, atuação brilhante ou critica cega que não percebe que a cada palavra sincera é acompanhada de mentiras. Não que o intimo minta, não que a face embaixo de todas as mascaras seja uma fraude ou uma farsa, longe disso, mas como pode existir sinceridade sem auto-conhecimento?
Sabendo apenas o que quer ser, querendo ser tudo aquilo que não é e, quando algo novo é descoberto, quer ser isto também! Por fim quer tudo, seja porque não saber o valor do que já tem, seja porque realmente não tem o que sempre quis.
Quer um rosto novo, uma face que seja própria, real, mas também quer a face alheia e nisto talha mais uma mascara incômoda para um rosto calejado de tanto usar mascaras, um rosto que já esqueceu a própria forma.
Mascaras em cima de mascaras, resta o questionamento se por baixo delas há um rosto a ser exibido ou se não passa de um teatro de mascaras...
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