Era alguém peculiar.
Não gostava do comum, do padrão.
Amava o belo, claro.
Mas amava principalmente o diferente.
Transbordava testosterona, como dizia a Índia.
Mas era também extremamente feminino, sua sexualidade sendo confundida diversas vezes.
Aparentemente calmo, vivia num turbilhão interno.
Queria mudar. Queria se mudar. Queria mudar o mundo.
Extremamente inseguro com o sexo oposto.
Extremante seguro com o sexo.
Extremante sexual.
Dengoso e carinhoso.
Bobo, besta, idiota.
Inteligente, safo, sábio.
Desconstruído, sensível.
Abusivo, frio.
Todos adjetivos lhe serviam.
Extremamente social e solitário.
Capaz de amar loucamente, imediatamente.
Incapaz de esquecer o amor.
Romântico.
Tatuado de sentimentos, tem pele infinita.
Marcado de cicatrizes, externas e internas.
Tem em seu corpo a expressão de sua história.
Sua maior peculiaridade provavelmente é ser um paradoxo em si mesmo.
Preguiçoso, ama esportes.
Espiritualizado, é cético.
Sente saudade e se isola.
Ama contato, mas quer espaço.
Acha a hipocrisia característica humana e inevitável, condenável em apenas uma situação: naqueles que a apontam.
Vive constantemente entre dois mundos.
Duas raízes.
Africa e Europa
Duas cidades.
Interior e capital.
Frequentemente dividido entre dois amores.
Era assim complexo, peculiar, idiossincrático.
Mas acima de tudo:
Livre